Ufa! Finalmente estamos concluindo as postagens com a grande remessa via Fire Wheels. Espero que vocês tenham gostado até agora. E continuam no mesmo sistema: carrinhos antigos e raros, quase todos adquiridos loose. Agora o destaque são para os modelos projetados por Larry Wood, seis no total. Todos clássicos! Enfim, curtam a nova leva:
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Silver Bullet 2001 Hot Whees #229 Mais um clássico projetado por Larry Wood, e tal como já aconteceu com outros carrinhos da mesma remessa, teve várias denominações dentro da linha Hot Wheels. Quando lançado em 1975, era chamado de Large Charge. A partir de 1985, foi renomeado Silver Bullit. Finalmente, em 1992, passou a ser chamado de Aero Flash. O interessante é que os três nomes sempre estiveram juntos, tanto em suas participações na mainline, 5-packs e em séries especiais. Sua última aparição na linha Hot Wheels aconteceu na série Hot Ones (2011), só que com a denominação de Aero Flash. Seu design é original da Hot Wheels e tem como destaques a forma em cunha, típica de protótipos da década de 1970 como o Lancia Stratos Zero (veja esse carro aqui), e uma espécie de tanque na parte traseira que eu sinceramente não sei do que se trata. |
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T-Bird Stocker 2001 Hot Wheels #239 Mais um projeto de Larry Wood, mas que desta vez não tem problemas com a denominação e sim na quantidade de versões, três no total que coexistem na linha Hot Wheels. A primeira, da qual faz parte a variação acima, foi lançada em 1990; a segunda apareceu em 1994 e teve vida curta, pois sua última aparição aconteceu em 1996; a terceira surgiu em 1999 já como um dos T-Hunts. Uma coisa une as três versões: o fato de que todas tem chassis de metal e carroceria de plástico. A trajetória desse modelo teve poucas participações na mainline (1990, 1991, 1997, 1998, 2001 e 2001), com destaque para a de 1991 cujas cores foram inspiradas no carro do piloto Bud Moore que venceu 13 etapas da NASCAR com um Thunderbird entre 1977 e 1980 (veja essa variação aqui). Em compensação, apareceu bastante em séries especiais ligadas à categoria e em 5-packs (por duas vezes em 1994 e 1998 e 2005). Sua ultima aparição se deu na série Color Shifters. |
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Tantrum 2002 First Editions #03 O segundo dessa postagem que não é projeto de Larry Wood. O projetista deste protótipo foi Eric Tscherne e sua primeira variação dentro da linha Hot Wheels é justamente essa que você pode conferir acima. Segundo o Hot Wheels Wikia, ele seria uma versão customizada do Honda S2000. Que exagero! Enfim, o Tantrum (palavra que significa furor, mau-humor ou acesso de raiva. Vamos ficar com o furor), tem poucas participações na linha Hot Wheels: apenas três vezes na mainline em 2002, 2003 e 2004, quando foi um dos T-Hunts, e séries especiais de menor monta e packs, com destaque para uma variação de 2008 integrante de um 5-Pack exclusivo do Max Steel só lançado no Brasil. |
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Thunderstreak 2002 Hot Wheels #131 Mais um projeto de Larry Wood que, para variar, tem vários nomes e versões dentro da linha Hot Wheels. Na verdade ele é um retool de um carrinho chamado Formula Fever, lançado em 1983 e que tinha como característica uma impressionante asa traseira baixa (confira esse carrinho aqui). Ele teve sete variações (1983, 1985, 1987, 1988, 1989, 1991 e 1992) dentro da mainline e de séries especiais até ao lançamento da Pro Circuit Series em 2002, que trazia um novo Thunderstrak, já com a asa "alta", e pintado com as cores dos patrocinadores dos grandes nomes da Indy à época, como Michael Andretti, Al Unser Jr., Emerson Fittipaldi (esse entrou na lista dos procurados!), Bobby Rahal entre outros. Depois disso, foram apenas cinco participações na mainline (1994 com o modelo de asa "baixa", 1996, 1999, 2000 e 2002), além de várias séries promocionais (1993, 1994 e 1995) e um 5-pack (1997). |
Com este Twin Mill, finalmente a coleção alcança a marca de 3000 carrinhos! E o mais interessante, tudo loose e sem repetir nenhum! E por pura coincidência (juro!), o 3000º caiu justamente nessa variação mais do que especial do Twin Mill II. Lançado em 1993, a segunda versão do clássico de Ira Gilford lançado em 1969 e projetada por Bruce Baur chegava à sua terceira participação na mainline integrando, junto com outras releituras de clássicos como o Splittin' Image II e Silouette II, além do Rigor Motor (todos projetados por Baur), essa sub-série sinistra, na qual os carros são pretos.
Neste momento de comemoração, é bom dar uma olhada no passado, pois desde a época em que comprei meu primeiro Hot Wheels muita coisa mudou. O início da febre aconteceu entre 2002 e 2003, quando tinha a intenção de apenas ter modelos "reais". Dessa época tenho modelos como a Enzo, 575 GTC e um Bugatti Veyron que, como não me ligava muito, até emprestava para o meu filho Felipe, então com três anos e hoje com doze, brincar. Alguns, especialmente a Enzo, estão até com a pintura lascada por conta dos "acidentes" durante suas brincadeiras. Mas essas não foram aquisições regulares e sim algo esporádico mesmo.
O negócio começou a engrenar a partir de 2007 e eu sinceramente não lembro o que motivou essa mudança. Foi nessa mesma época em que, paralelamente às compras nas Lojas Americanas, conheci a Fire Wheels e aí a coisa ficou séria de vez, pois comecei a me interessar pelos modelos antigos. A partir daí, comecei a pesquisar sobre os carrinhos e a descobrir a sua história. Quem me ajudou foi o site que se tornou uma das minhas "bíblias" (me desculpem o trocadilho), o South Texas Diecast. Foi através dele, e de outros, lógico, que descobri a nomenclatura característica do hobby: blister, Treasure Hunt, retool, zamac, FTE, redline, Spectraflame, entre tantas outras palavras e siglas. Foi então que entrou ação a veia do historiador (afinal de contas, sou professor de História) para descobrir como esses carrinhos se tornaram uma febre mundial. E descobri que, por trás dos Hot Wheels, estão nomes como Eliott Handler, Harry Bradley, Ira Gilford, Larry Wood, Phil Riehlman, Mark Jones e tantos outros. Foi justamente dessa união entre a profissão e o hobby que surgiu este blog.
O negócio começou a engrenar a partir de 2007 e eu sinceramente não lembro o que motivou essa mudança. Foi nessa mesma época em que, paralelamente às compras nas Lojas Americanas, conheci a Fire Wheels e aí a coisa ficou séria de vez, pois comecei a me interessar pelos modelos antigos. A partir daí, comecei a pesquisar sobre os carrinhos e a descobrir a sua história. Quem me ajudou foi o site que se tornou uma das minhas "bíblias" (me desculpem o trocadilho), o South Texas Diecast. Foi através dele, e de outros, lógico, que descobri a nomenclatura característica do hobby: blister, Treasure Hunt, retool, zamac, FTE, redline, Spectraflame, entre tantas outras palavras e siglas. Foi então que entrou ação a veia do historiador (afinal de contas, sou professor de História) para descobrir como esses carrinhos se tornaram uma febre mundial. E descobri que, por trás dos Hot Wheels, estão nomes como Eliott Handler, Harry Bradley, Ira Gilford, Larry Wood, Phil Riehlman, Mark Jones e tantos outros. Foi justamente dessa união entre a profissão e o hobby que surgiu este blog.
Enfim, muita água passou por debaixo dessa pista (me perdoem o trocadilho de novo) desde 2002/2003. Entre as loucuras que já fiz para conseguir novidades estão incluídas garimpagens (termo que pego emprestado do amigo Pedro Meijer) em lojas de São Luís, Uberlândia, Macapá, Brasília, Castanhal (aqui encontrei o Talladega Super T-Hunt de 2010), Santarém... Isso sem falar no quanto já gastei em alguns deles. Minha primeira loucura nesse sentido foi pagar R$60,00 no Phastasm transparente especial de Halloween de 2008. Minha mulher, à época minha namorada, quis acabar tudo comigo pois considerava uma "loucura gastar tudo isso num carrinho. Ainda mais transparente!". Seja como for, esse Phastasm ainda é um dos meus preferidos. Isso porque nem vou comentar quanto gastei no meu Batmobile da convenção do México, pois ela pode ler o blog. Teve também uma época em que comprava de tudo. Tem uns carrinhos que hoje não entendo como foi que eu comprei. Mas nem por isso vou tirá-los da coleção, vendê-los ou praticar outro tipo de crime nesse sentido. Mas também tiveram épocas também em que a grana estava curta, muito curta, e não podia comprar o que eu queria. Quem coleciona deve imaginar a sensação de encontrar um T-Hunt na gôndola e não poder levá-lo. Pois é, isso aconteceu comigo. E admito que tentei escondê-lo lá no fundo para pegá-lo mais tarde mas, como a Lei de Murphy realmente funciona, é óbvio que quando voltei ele não estava mais lá.
Mas agora não é hora de se lamuriar e sim de comemorar e seguir em frente. Afinal de contas, a coleção já aumentou e tem tem ainda muita coisa esperando para ser postada. Enfim, que venham mais 3000 carrinhos! Só não sei onde vou colocá-los em casa...
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